sábado, 24 de março de 2012

Informação 24 – Movimentos de um avião


Basicamente existem três movimentos que uma aeronave é capaz de fazer, Inclinação, rolagem e guinada. Estes movimentos são conseguidos usando o Manche e os Pedais. Mas primeiro é necessário saber que o avião atua sobre três eixos imaginários e que estes eixos se encontram em um ponto de cruzamento chamado de Centro de Gravidade (CG). São eles: Eixo Transversal, Eixo Longitudinal e Eixo Vertical.


Eixo Transversal ou Lateral – Liga as pontas das asas, passando pelo centro do avião e é responsável pelo movimento de inclinação do nariz, subir (Cabrar) ou descer (Picar).  Utilizando o Manche e o movimentando para frente ou para trás, efetuamos o movimento de inclinação, mudando a posição do Profundor no Estabilizador Horizontal.


Eixo Longitudinal – Estende-se entre o nariz e a calda do avião e nele é feito o movimento de rolagem, ou seja as asas rolam sob a fuselagem do avião para esquerda ou para direita com a mudança na posição dos ailerons. E como no anterior, efetuaremos este movimento girando o manche para esquerda ou para direita.



Eixo vertical – Este fica paralelo aos outros, ou seja, atravessa a fuselagem no sentido de cima para baixo ou vise-versa.  Incide sobre ele o movimento chamado de guinada, que é a rotação do nariz para esquerda ou para direita e diferente dos dois outros, este movimento é conseguido com a utilização dos pedais e não do manche, alterando a posição do Leme no Estabilizador Vertical.


Os comandos para os movimentos acima são o Manche (01) e os Pedais (02). Mas como são e como funcionam?




Manche (1) – É o controle parecido com a direção dos carros que o piloto usa para pilotar o avião. Ele tem movimento para esquerda e direita e de empurrar e de puxar. Como comentado acima ele é usado nos movimentos de inclinação e rolagem. Também pode ser encontrado em vários formatos, desde a forma de uma roda inteira de meia roda, em forma de alavanca e como um joystick que é muito usado nos aviões da Airbus.

Pedais (2) – Este é acionado com os pés pelo piloto e movimenta o Leme no Profundor Vertical, alterando a posição do nariz do avião para esquerda ou para direita. Outra função dele é a de freio na maioria dos aviões, ou seja na metade da pedaleira para baixo o piloto comanda o Leme e na outra metade da pedaleira, acionando com a ponta dos pés os pilotos tem freio único se apertar os dos em conjunto ou freio individual se apertá-los de forma assimétrica. Esta ação de freio individual ajuda na dirigibilidade do avião no solo.


Obs.: Em curva os pilotos usam o manche e os pedais em conjunto, o que recebe o nome de “voo coordenado”. Este efeito de coordenação dos comandos pode ser verificado em um dos primeiros instrumento de voo usado em aviões, o “Turn Bank” ou como chamado vulgarmente no Brasil, “Pau e Bola”.A coordenação de comandos pode não ser utilizada em algumas manobras importantes, como no “Voo caranguejado” ou no “Voo de Glissada” (explicaremos estes dois em outra postagem)


Bons vôos!

sexta-feira, 23 de março de 2012

Vídeo 14 – F35B em testes a bordo de porta aviões USS Wasp


Realmente um vídeo muito bonito de uma aeronave realmente magnífica, o F35B. Este novo caça de Vstol (Pousa e decola da forma convencional ou como helicópteros) que deverá substituir os Harrie AV8B da Marinha Americana.

Divirtam-se!


Vi este vídeo em um blog de defesa, o Poder Aéreo -  (http://www.aereo.jor.br/).

Bons Voos!

quarta-feira, 21 de março de 2012

Solicitação 1 – Atendendo solicitação de comentário


Na postagem “Opinião 2 e vídeo 13 – Mayday Desastres Aéreos – Voo TAM 3054”, me foi solicitado em um dos comentários, a forma como se consegue os pontos ou “Waypoints” que uma voo passará em rota, como: os fixos, auxílios, aerovias, chegadas, saídas e etc.

Existem três maneiras:

1 - Sites Especializados – Estes são de fácil utilização e só é necessário colocarmos o nosso aeródromo de partida e de destino, que ele nos dá as rotas existentes. No uso da simulação Virtual, uso:

http://www.euroutepro.com/fp/fp_main.php

http://rfinder.asalink.net/free/

2 – Programas – Estes normalmente são utilizados por pilotos reais e são parecidos com o “Criar voo” do seu Flight Simulator;
Obs.: Os programas e site tem de ser periodicamente atualizados pelos seus fabricante e suportes.

3 - Verificando em cartas dos órgãos de controle do tráfego aéreo – Mesmo utilizando Sites e programas, o ideal é a utilização das cartas dos órgãos de controle de tráfego aéreo, que aqui no Brasil são feitas pelo DECEA e na seu site na internet AISWEB, poderemos encontrar tais cartas. Segue o link:

http://www.aisweb.aer.mil.br/

Estas cartas já foram mostradas em postagens anteriores, iniciando na postagem: “Informação 5 - Os pilotos são adivinhos?“ e deverão ser utilizadas seguindo uma ordem. Segue abaixo a ordem e seus links no blog:


  • Cartas de Aeródromos (ADC) e Cartas de Estacionamento (PDC): “Informação 8 – Desvendando as cartas aéreas - “Cartas para orientação no solo”;
  • Cartas de Saída (SID); Informação 11 – Desvendando as Cartas Aéreas – “Cartas para voos por instrumento (IFR) – Cartas de Saída (SID)”;
  • Cartas de Rotas (ERC): Informação 12 – Desvendando as Cartas Aéreas – “Cartas para voos por instrumento (IFR) – Cartas de Rota (ENRC)”;
  • Cartas de Área (ARC): Informação 13 – Desvendando as Cartas Aéreas – “Cartas para voos por instrumento (IFR) – Cartas de Área (ARC)”;
  • Cartas de Chegada (STAR): Informação 14 – Desvendando as Cartas Aéreas – “Cartas para voos por instrumento (IFR) – Cartas de Chegada (STAR)”;
  • Cartas de Aproximação (IAC): Informação 15 – Desvendando as Cartas Aéreas – “Cartas para voos por instrumento (IFR) – Cartas de Aproximação (IAC)”;

  • Cartas de Estacionamento (PDC) e Cartas de Aeródromos (ADC): Igual ao item 1.

Bons Voos!

terça-feira, 20 de março de 2012

Opinião 2 e Video 13 - Mayday: Desastres Aéreos - Vôo TAM 3054


Ontem assisti no Natgeo a série “Desastres Aéreos” sobre o acidente em SBSP (Congonhas) no ano de 2007 do TAM 3054. Como em outros documentários que já assisti sobre este ocorrido, e considerando-os bem feitos, acho que neles há uma omissão, da responsabilidade da Cia. Aérea, neste caso, em utilizar a aeronave com um defeito, ou seja com um dos reversos desabilitados, numa operação complicada como é a do aeroporto de Congonhas, chovendo ou não. Entendo que este tipo de aeronave pode ter um dos reversos inoperantes e ainda estar apto a operar com segurança em pistas grandes, como SBSV (Salvador), SBGL (Galeão), SBGU (Guarulhos) e etc..., mas liberar um equipamento sem as condições totais de operação para pistas pequenas como SBSP (Congonhas) SBRJ (Santos Dumont) ou SBIL (Ilhéus) é de uma irresponsabilidade imensa. Acidentes aéreos são um sucessão de erros e não apenas o erro de um elo, como fica parecendo neste e em outros documentário. De qualquer forma valem ser vistos e bem discutidos...

Aproveitem!


Bons voos!

quinta-feira, 8 de março de 2012

Informação 23 – Estruturas atuando nas asas


Nas asas dos aviões existem várias estruturas que modificam ou melhoram sua eficiência e são estas: Ailerons, Flaps, Slats, Slots, Winglets e Sharklets (comentados na postagem “informação 20”) e Spoilers/Speed Brakes.


Antes de comentar sobre cada um destas estruturas é necessário entender um pouco como uma asa funciona. Primeiro a asa de um avião é feita para criar sustentação ou seja gerar uma força contrária ao peso, fazendo com que o avião eleve-se acima do solo. Esta força aparece ao fazer a asa movimentar-se em um fluído, neste caso o ar atmosférico, e nesta ação surgi uma diferença de pressão entre a parte de cima e a parte de baixo da mesma.


O que se deve lembrar é que a massa de ar que chega na frente do aerofólio (Bordo de ataque da asa – 01 imagem) tem de ser o mesmo que sai na porção final deste (Bordo de fuga da asa – 02 imagem), então esta diferença de pressão se apresenta quando o ar acelera na sua parte de cima do aerofólio (Extradorso da asa 03 imagem) que tem uma curvatura maior em relação à parte de baixo (Intradorso da asa – 04 imagem). Este efeito também é possível com a inclinação do aerofólio (ângulo de ataque) em relação ao sentido do movimento da aeronave, inclinação esta projetada na construção do avião. Este efeito de aceleração do ar é estudado no conhecido Teorema de Bernouilli que explica o comportamento dos fluídos.
Outra importante informação que devemos deter é que o ar é formado por camadas sobrepostas ao redor da asa e que na parte de cima a que está mais próxima a ela, sofre um maior efeito de aceleração, sendo chamada de “Camada Limite”.
Para conhecermos as estruturas que falamos no início da postagem, vamos dividir em dois tipos distintos: Estruturas que aumentam a sustentação da asa e as Estruturas que reduzem/modificam a sustentação da asa.

Estruturas que aumentam a sustentação da asa

Flaps – Esta é um dos mais comuns mecanismos vistos nas asas dos aviões. São estruturas que modificam a curvatura da asa, aumentando a diferença de pressão entre o Extradorso e o Intradorso e consequentemente gerando maior sustentação. Como toda ação positiva vem acompanhada de uma ação contrária o aumento de sustentação trás um aumento no arrasto e um considerável aumento no consumo de combustível, por isso os flaps são utilizados nos processos de decolagem, aproximação e do pouso, quando é necessária uma menor velocidade. Estes podem ser de vários tipos conforme imagens abaixo.


Slats e Slots – A função é parecida, quando os pilotos incrementam uma atitude maior do nariz do avião em um pouso ou em um voo com baixa velocidade, há uma tendência do descolamento da Camada Limite, provocando um turbilhonamento prejudicial à sustentação. Os Slats e Slots canalizam o ar retirado da parte debaixo da asa, por meio de fendas atenuando o desprendimento da Camada Limite e assim melhorando a sustentação. A diferença é que os Slats são superfícies móveis e que podem ser acionadas manual ou automaticamente. Já os Slots são fendas ou ranhuras existentes no aerofólio, ligando o Intradorso ao Extradorso e só entrando em ação em certo Ângulo de Ataque.

Winglets e Sharklets – Na postagem “Informações 20”, falamos sobre estes dispositivos que ficam nas pontas das asas e tem como objetivo evitar o turbilhonamento do ar nestas extremidades. A diferença entre os dois tipos é em relação ao seu tamanho, sendo os Sharklets maiores. Este último também é atualmente mais usado nos novos projetos de aeronaves.


Estruturas que reduzem/modificam a sustentação da asa

Ailerons – Esta estrutura é que dar a capacidade de rolamento do avião sob o seu eixo longitudinal (eixo que liga o nariz à cauda do avião), e junto com o leme de direção é usado nas mudanças de direção feitas pela aeronave. Eles reduzem/modificam a sustentação, pois para efetuar uma curva para a direita, por exemplo, o aileron esquerdo desce, aumentado a sustentação por meio do acréscimo de curvatura deste aerofólio e ao mesmo tempo o aileron da asa direita sobe, diminuindo a sustentação, pelo do deslocamento da camada de ar sobre esta asa e do surgimento de turbilhonamento sobre a mesma.

Spoilers/Speed Brakes – São utilizados na faze do pouso imediatamente logo após o toque dos trens de pouso no solo ou para o aumento de arrasto em uma descida mais acentuada. O efeito produzido no pouso é reduzir a sustentação, melhorando assim a eficiência de frenagem.



Bons voos!

segunda-feira, 5 de março de 2012

Vídeo 12 – Mulheres na aviação brasileira (1)


Por acreditar que este mundo masculino da aviação pode e deve mudar, sempre postarei reportagens que incentivem novas “pilotos mulher”, voando pelos nossos céus. Parabens a FAB e a Empresas aéreas como Gol e a Azul que hoje contam com tripulações inteiras do sexo feminino.
Segue abaixo video da reportagem exibida ontem no programa Auto-Esporte.


Bons voos!

domingo, 4 de março de 2012

Simuladores 7 – Problema com ADF do Phenom 100 da Feelthere


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Quem esta utilizando o Phenom 100 da Embraer, lançado pela Feelthere para o FSX, já deve ter notado que não se consegue alterar a freqüência do ADF 1 ou 2 (2 da imagem) no seu painel Garmim 1000. Ao alterar (3 imagem) e confirmar com a tecla “Enter” (4 imagem) ele mantém a freqüência ativa e ao mesmo tempo insere esta na freqüência stand-by. Mas este é um Bug que de fácil solução.

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Primeiro devemos ir na pasta dentro do seu FSX que esta o Phenom 100, no meu caso pelo caminho: C:\Arquivos de programas\Microsoft Games\Microsoft Flight Simulator X\SimObjects\Airplanes\feelThere Phenom 100. Nesta pasta abra o arquivo aircraft.CFG (caso o Windows pergunte que programa utilizar use o bloco de notas) e localize o item “Radios”. Neste você deverá alterar o sub-itens ADF1 e ADF2 da seguinte forma:
de
Adf.1=1, 1
Adf.2=1, 1

Para
Adf.1=1, 0
Adf.2=1, 0

Com esta alteração, ao acionar a tecla “Enter” no painel o seu ADF funcionará normalmente.

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Outra dica é a troca do VOR1 para VOR2 (1 imagem) no painel. Deve-se utilizar o botão central do mouse e esta troca será efetuada.

Bons Voos!