Calculo 4 – Calculando a fase de Cruzeiro

Ao planejarmos um voo, a fase de Cruzeiro, seria a ultima em nossos cálculos, pois ela depende das duas outras, a fase de subida e a fase de descida.

Nesta etapa necessitamos descobrir a sua distância e o tempo em cruzeiro e daí termos uma idéia total do tempo de total de voo.

Sabemos que a distância entre SBSV (Salvador) e SBBR (Brasília) é de 1.085Km e que na subida percorreremos 126,51NM ou 234,29Km em 11.33minutos e na descida percorreremos 79,3NM ou 146,86Km em 13,5minutos, encontrados nas postagens “Calculo 2 e calculo 3”.

Calculando a distância da fase de Cruzeiro.

Neste devemos somar a distância de subida com a distância de descida e diminuir da distância entre SBSV e SBBR.

Temos então uma distância a percorrer em cruzeiro de 703,85Km

Calculando o tempo de voo na fase de cruzeiro

Para calcularmos o tempo de voo é necessário calcularmos também a VA (Velocidade aerodinâmica) em cruzeiro. Nossa altitude de cruzeiro é de 34.000pés e se a cada 1.000pés nossa VI acresce 2%, então nossa VA para 34.000 será 68% a mais que nossa VI (Velocidade indicada), que no Embraer 195 e na nossa simulação é de 280KT.

Então de posse da VA, da distância em cruzeiro e usando uma regra de três simples, acharemos o tempo de voo na etapa.

Tempo de voo em Cruzeiro é de 48,47minutos

Então tempo total de voo é: Fase de Cruzeiro + Fase de Subida + Fase de Descida.

Tempo total de voo é de 01 hora e 13 minutos.

Bons voos!

Utilidade 5 – Telefone de informação dos aeroportos brasileiros servidos pela Infraero.

Em caso de informação, segue uma lista de telefones dos aeroportos servidos pela Infraero (capitais em negrito).

1. Altamira – PA - Telefone: (93) 3515-1976
2. Aracaju - Telefone: (79) 3212-8500/8557
3. Belém – PA - Telefone: (91) 3210-6000
4. Belo Horizonte – MG - Pampulha - Telefone: (31) 3490-2000
5. Belo Horizonte – MG -Tancredo Neves - Telefone: (31) 3689-2700
6. Boa Vista – RR - Telefone: (95) 3198-0117/0100
7. Brasília – DF - Telefone: (61) 3364-9000
8. Campina Grande – PB - Telefone: (83) 3331-1149
9. Campinas – SP - Telefone: (19) 3725-5000
10. Campo Grande – MS - Telefone: (67) 3368-6000
11. Campos dos Goytacazes – RJ - Telefone: (22) 2726-6400
12. Carajás – PA - Telefone: (94) 3327-1103
13. Corumbá – MS - Telefone: (67) 3231-3322
14. Criciúma – SC - Telefone: (48) 3478-1694
15. Cruzeiro Do Sul – AC - Telefone: (68) 3311-1900
16. Cuiabá – MT - Telefone: (65) 3614-2500
17. Curitiba – PR - Telefone: (41) 3381-1515
18. Florianópolis - Telefone: (48) 3331-4000
19. Fortaleza - Telefone: (85) 3392-1030
20. Foz Do Iguaçu - Telefone: (45) 3521-4200
21. Goiânia - Telefone: (62) 3265-1500
22. Ilhéus –BA - Telefone: (73) 3234-4000
23. Imperatriz – MA - Telefone: (99) 3524-4666
24. João Pessoa – PB - Telefone: (83) 3041-4200
25. Joinville – SC - Telefone: (47) 3481-4000
26. Juazeiro do Norte – CE - Telefone: (88) 3572-0700
27. Londrina – PR - Telefone: (43) 3027-9000
28. Macaé – RJ - Telefone: (22) 2763-5700
29. Macapá – AP - Telefone: (96) 3223-4087
30. Maceió – AL - Telefone: (82) 3036-5200
31. Manaus – AM - Telefone: (92) 3652-1210
32. Marabá – PA - Telefone: (94) 3324-1383
33. Montes Claros – MG - Telefone: (38) 3229-1200
34. Natal – RN - Telefone: (84) - 3087 1200
35. Navegantes – SC - Telefone: (47) 3342-9200
36. Palmas – TO - Telefone: (63) 3219-3700
37. Pelotas - RS - Telefone: (53) 3223-1227
38. Petrolina – PE - Telefone: (87) 3863-3366
39. Porto Alegre – RS - Telefone: (51) 3358-2000
40. Porto Velho – RO - Telefone: (69) 3219-7450
41. Recife – PE - Telefone: (81) 3322-4188
42. Rio Branco – AC - Telefone: (68) 3211-1000
43. Rio de Janeiro/Galeao – RJ - Telefone: (21) 3398-5050
44. Rio de Janeiro/Santos-Dumont – RJ - Telefone: (21) 3814-7070
45. Salvador – BA - Telefone: (71) 3204-1010
46. Santarém - PA - Telefone: (93) 3522-4328
47. São José dos Campos – SP - Telefone: (12) 3946-3000
48. São Luis – MA - Telefone: (98) 3217-6100/3217-6105
49. São Paulo/Congonhas – SP - Telefone: (11) 5090-9000
50. São Paulo/Guarulhos - SP - Telefone: (11) 2445-2945
51. Teresina – PI - Telefone: (86) 3133-6270
52. Uberaba – MG - Telefone: (34) 3319-9400
53. Uberlândia – MG - Telefone: (34) 3233-5420/3233-5400
54. Uruguaiana – RS - Telefone: (55) 3413-1314
55. Vitória – ES - Telefone: (27) 3235-6300

Bons vôos!

Em tempo 1 – Dica prática na descida

Seguindo o comentário de um amigo que pilota um Falcon Seven X, na prática a distância de descida pode ser calculada da seguinte forma:

Subtrai-se o Nível de Cruzeiro do Nível de Transição e multiplica-se por 3.

Então seu TOD (Distância de descida) que na postagem “Calculo 2 – Calculando a descida” ficou em 79,3NM, será no voo real e não didático de 81 Milhas náuticas antes do aeródromo de destino.

A explicação que ele deu foi que no tráfego aéreo brasileiro atual, devido ao congestionamento dos aeroportos e das aeronaves mais lentas (empata aerovia na gíria aeronáutica), os controladores de tráfego aéreo são obrigados a solicitar várias mudanças nas velocidades aos pilotos, e assim não se conseguindo uma velocidade de descida constante, tão necessária nos cálculos didáticos. Esta prática impede que ao final da descida se chegue muito alto ao início do procedimento de aproximação.

Bons vôos!

Calculo 3 – Calculando a Descida

Como visto na postagem, “Calculo 2 – Calculando a subida”, a próxima fase, nas nossas três distintas fases do voo, será a nossa etapa de descida. Manteremos os mesmos dados de origem que é Salvador (SBSV) e o destino que é Brasilia (SBBR), além dos mesmos informes de performance da aeronave (Embraer 195) da postagem calculo 2.

Fase de descida

Nesta fase procuraremos calcular a quantidade de descida até o nível de transição, aonde é o início da maioria dos procedimentos de aproximação em preparação para o pouso, como também calcularemos o tempo de descida e  a TOD (distancia necessária na descida) antes do destino e o início do procedimento de aproximação.  Vamos começar!

Quantidade de descida – Nosso nível de voo previsto foi de o FL340 (FL=Nível de Voo) ou 34.000 pés e o Nível de Transição em SBBR é 7.000. Lembrando que Brasília esta a 3.497 pés acima do nível do mar. Então subtrairemos o Nível de Cruzeiro do Nível de Transição:

Então nossa quantidade de descida do voo em cruzeiro até o inicio dos procedimentos de pouso é de 27.000 pés.

Tempo de Descida – É o tempo em minuto que levaremos da altitude de cruzeiro até o nível de transição. Neste calculo suponhamos que manteremos uma razão de descida constante de 2.000pés/min. Então dividindo-se a quantidade de descida pela razão de descida, acharemos o tempo.

Então nosso tempo de descida será de 13 minutos e 30 segundos.

Distância necessária na descida (TOD) – Como na fase de subida, também na descida para achar a TOD, será necessário achar a AMD (altitude média de descida) e a VMD (Velocidade Aerodinâmica  média de descida). Estes valores tiveram suas necessidades explicadas em “Calculo 2”, não sendo necessário nova explanação.

•  Altitude Média de descida - Somamos a Altitude de Cruzeiro com o nível de Transição e dividimos por dois.

Nossa AMD é de 20.500 pés.

• Velocidade Aerodinâmica média de descida – Esta corresponde a a uma variação da VI (Velocidade Indicada) de 2% a cada 1.000pés que subimos. Então como nossa AMD está a 20.500pés, nossa VMD é 41% da nossa VI, que no nosso caso será 250kT.  Calculamos.

Então nossa VMD será de 352,5kT

Obs.: Lembrando que a forma mais correta deste cálculo de VMD é usando o computador de voo.

Agora com a VMD e o Tempo de Descida, calculados e através do uso de uma regra de três simples, conseguiremos determinar a Distância necessária na descida (TOD).

Então iniciaremos nossa descida a 79,3NM (Milhas Náuticas) que corresponde a 146,8Km.

Bons Voos!

Informação 22 - Qual a diferença entre Altitude de Transição e Nível de Transição?

Ao passarmos de certa altitude devemos ajustar o altímetro de nossa aeronave para o ajuste QNH (Ajuste do campo) ou para o ajuste QNE (ajuste padrão). Estes ajustes foram vistos na postagem “Informação 17 – Ajuste do Altímetro”. O QNH é o ajuste barométrico do altímetro que corrige este para a altitude do nosso aeródromo e o QNE é o ajuste barométrico do altímetro que manterá todas as aeronaves em rota,  voando com a mesma altitude em relação ao nível padrão do mar.

• Mas quando faremos estas mudanças do ajuste altimétrico?

Este ajuste será feito ao atingirmos a Altitude de Transição ou o Nível de Transição.

• E qual a diferença entre Altitude de Transição e Nível de Transição?

A diferença esta na posição da aeronave, ou seja, subindo ou descendo. Ao decolarmos de um aeródromo manteremos o altímetro ajustado no QNH (Ajuste do campo) e todos os informes de altitude para a Torre de Controle serão dados em Pés até atingirmos a Altitude de transição, daí ajustaremos o altímetro para o QNE (Ajuste padrão) e nossa altitude será em informada em Níveis de Voo, Ex.: FL050. Da mesma forma ao iniciarmos uma descida estaremos com o ajuste altimétrico em QNE (ajuste padrão) e todos os dados de altitude informados ao Centro de Controle serão em Níveis de Voo até atingirmos o Nível de Transição, aonde novamente ajustarmos o altímetro para o QNH (Ajuste do Campo) e todas as informações de altitude serão dadas em Pés.

• E aonde encontramos o informe de Nível de Transição e Atitude de transição?

A TA (Altitude de transição), é encontrada nas Cartas Aéras, IAC, Cartas SID e etc., vistas nas postagens: “Informação 15 – Desvendando as Cartas Aéreas – Cartas para voos por instrumento (IFR) – Cartas de Aproximação (IAC)” e “Informação 11 – Desvendando as Cartas Aéreas – Cartas para voos por instrumento (IFR) – Cartas de Saída (SID)”. Já o Nível de transição é calculado com base na TA e no QNH do momento e normalmente informado nos ATIS (Serviço Automático de Informação Terminal).

 

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Bons Voos!

Informaçãos 21 – EFB (Eletronicflight Bags) o que são?

O EFB (Eletronic Flight Bags) é um dispositivo eletrônico que substitui total ou parcial todas as informações, antes em papel carregada pelos os pilotos em malas bem pesadas, por dados digitais consultados em uma espécie de tablet que visa facilitar e agilizar o gerenciamento do vôo. Estes dispositivos dão aos pilotos acesso como: consulta rápida as cartas e mapas utilizada no voo, Rotaer, consulta aos manuais e livros operacionais da aeronave e tripulação, checklists, acesso a calculadoras de performance e em alguns casos acesso a rede de internet.

Outra grande vantagem dos EFB’s seria a alteração e atualização de seus dados, que pode ser feitos por um download simples ou via rede da internet, evitando o dispendioso trabalho de Pilotos e coordenações de vôo na atualização de dados em papeis da antigas pastas de voo, consequentemente gerando menores erros.

No Brasil a primeira e única empresa aérea a homologar seus jatos (Embraer 190 e 195) junto a ANAC na utilização dos EFB e em substituição aos antigos dados em papel é Azul Linha Aéreas.

Bons vôo!