sábado, 24 de novembro de 2012

Informação 38 – Radiofarol – NDB – Descobrindo a distância.


Uma das dificuldades ao interceptar o sinal de um radiofarol NDB, é descobri a que distância estamos deste. Apesar de termos outros equipamentos que podem nos informar sobre a distância (GPS e o DME) é possível fazê-lo apenas com o uso ADF, de um cronômetro e um pouco de cálculos básicos.

E como podemos fazer isso?

Existem duas formas que conheço e mostrarei a seguir.
  • Utilizando Marcação relativa de 030º e o seu dobro (060º) - mantemos em aproximação com uma estação NDB qualquer e um QDM escolhido e curvamos a esquerda em 030º para uma proa menor. Nesta hora veremos no ADF que a Marcação Relativa é de 030º e disparamos o cronometro para calcular o tempo até a MR 060º. Este valor encontrado entre uma marcação e outra, corresponde ao tempo até a estação. Agora com o tempo descoberto e utilizando uma velocidade conhecida, VI (Velocidade Indicada), VA (Velocidade Aerodinâmica) ou VS (Velocidade em Solo) é só calcular usamos uma regra de três simples a distância até o NDB.

Dados e sequencia de acontecimentos:
  1. Proa/QDR = 221º - Marcação Relativa = 000º;
  2. Proa menor com 030º = 191º e Marcação Relativa (MR) = 030º;
  3. Tempo entre a MR 030º e MR 060º = 16min;
  4. VA (Velocidade Aerodinâmica) = 108Kt.

Cálculo:


Valor encontrado de distância até estação é de 29NM.

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  • Utilizando Marcação Relativa de 090º/270º e uma diferença de 010º - em aproximação a estação NDB, curvo para uma proa 090º maior ou menor a inicial e cronometramos o deslocamento da Marcação Relativa, que agora é de 090º, em 10º. Este tempo deve ser lido em segundos e depois dividido por 10 e lido em minutos. Já com o tempo em mão e com uma velocidade conhecida, VI (Velocidade Indicada), VA (Velocidade Aerodinâmica) ou VS (Velocidade em Solo), calculamos através de uma regra de três simples a distância até o NDB.

Dados e sequencia de acontecimentos:
  1. Proa/QDR = 223º - Marcação Relativa = 000º;
  2. Proa maior com 090º = 313º e Marcação Relativa (MR) = 270º;
  3. Tempo entre a MR 270º e MR 260º = 230 segundos/10 = 23 minutos;
  4. VS (Velocidade em Solo) = 101Kt.
Cálculo:


Valor encontrado de distância até estação é de 38NM.

Obs.: Este cálculo de distância é estimado e sua maior precisão depende diretamente da velocidade usada para cálculo. Sendo a ordem de precisão igual a colocada nos textos acima, da menor precisão para maior precisão (VI, VA e VS).

Bons Voos!

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Utilidade 11 – II Jornada Amazônica de Segurança de Voo para Helicópteros.


Segurança de voo é um tema que deve ser divulgado e tratado o máximo possível, e a pedido do pessoal da EIAC - Escola de Internacional de Aviação Civil de Belém, divulgamos mais um programa sobre o assunto.

II Jornada Amazônica de Segurança de Voo para Helicópteros.

Data: 01/12/2012
Local: Auditório da Base Aérea de Belém

Inscrições: até 27/11/2012

Informações: SIPAA (91) 3182-9235 / 8894-6340

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Fonte: Leonardo Ruffeil e Luzivan Lobo

Bons Voos!

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Informação 37 – Radiofarol – NDB – Prática.


Nesta postagem a ideia é mostra com um exemplo prático o que foi passado em “informação 35 – Radiofarol – NDB”. Para isso usaremos um procedimento de saída do aeroporto de Ilhéus (SBIL), que é a SID–CORAL1. Neste procedimento numeramos pontos para facilitar o entendimento (AA, BB, CC e DD).

SID Coral1
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Note que este procedimento de saída de ilhéus tem vários fixos, como Kurbox1, Onda1A, onda1B e o fixo que será nossa escolha, Coral1. Este fica a 61NM (Milhas Náuticas) de Ilhéus e é orientado pelo QDR 043º. Então o nosso afastamento baseado no NDB de Ilhéus será pelo QDR 043º.
 
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Na cabeceira da pista 11 (110º - AA) do aeroporto de Ilhéus, a primeira coisa a ser feita é a sintonia da frequência do NDB em questão, junto ao receptor da aeronave. E que neste caso é a frequência de 305Mhz (YLH). Feito isso veremos que a seta do ADF apontará para a esquerda, nos mostrando a Marcação Relativa (MR) de 340º, ou seja se quiséssemos nos aproximar (seta ADF voltada para nariz do avião) da estação NDB, bastaria usarmos a proa 090º - (113º proa da pista + 340º da MR (lembre-se que a Marcação Relativa é sempre contada no sentido horário) = Total 450º - 360º, pois não temos proas a voar maior que 360º = Valor encontrado é 090º).

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Então ao iniciarmos a decolagem, verificamos no Giro Direcional (01 Fig. 02) que matemos a proa da pista (110º), mas que o ADF já nos mostra que estamos nos afastando do NDB (02 Fig.02), veja a posição da sua seta, voltada para a calda do avião.



Figura 02
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Neste procedimento vemos que a Carta de Saída (SID) nos indica uma curva para a esquerda (BB) para interceptarmos a proa de afastamento que é QDR 043º. Então seguindo a regrinha, vista na postagem “informação 35 – Radiofarol – NDB”, referente a mudança de QDR no afastamento, temos: Mudança de QDR maior para um QDR menor usaremos uma proa menor que a do QDR desejado. Por padrão usaremos um valor 30º como proa menor que o QDR. Então a nossa primeira curva será para proa 13º (01 Fig. 04). E ai, veremos a seta do ADF cada vez mais em direção a calda e a base da seta, subindo em direção ao nariz do avião (02 Fig.04).

Figura 04
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Manteremos esta proa 13º (01 Fig. 05) e ao verificarmos a MR 390º (02 Fig.05), iniciamos (CC) uma nova curva para direita para interceptarmos o QDR 43º (13º proa do avião + 390º MR = 403º - 360º = QDR 43º). Este QDR 043º será mantido até o fixo CORAL (DD).


Figura 05
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Veja que no QDR de afastamento requerido pela Carta de Saída (SID), a proa do Giro Direcional é de 43º (01 Fig. 06) e no ADF temos a MR 000º, base da seta apontando para o nariz do avião (02 Fig.06).

Figura 06
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Obs.: O ADF utilizado para exemplo é o mais complicado que é o de limbo fixo, aonde o Norte corresponde a o nariz do avião, o Sul a calda, o Oeste a asa esquerda e o Leste a asa direita.

Bons Voos!

Video 21 - "Aqueles que não pararam, avançaram tanto que jamais poderão ser alcançados"


Com a frase que aparece como título desta postagem, Ozires Silva (1º presidente da Embraer), termina uma palestra sobre empreendedorismo em que relata toda à historia de criação do primeiro avião de sucesso fabricado no Brasil, o bandeirante. E por consequência o surgimento da EMBRAER.
Espero que gostem!

Fonte: Vídeo encontrado no youtube, mas visto primeiro no Blog Poder Aéreo - http://www.aereo.jor.br/

Bons Voos!

domingo, 4 de novembro de 2012

Utilidade 10 – 70 anos da Base Aérea de Salvador (BASV).


No próximo final de semanas os portões da BASV,estarão abertos para a visitação pública, em comemoração aos seus 70 anos de existência.

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Além da visitação a Base Aérea, suas aeronaves, estrutura física e materiais, seremos brindados no domingo, 11 de novembro com a apresentação da Esquadrilha da Fumaça no Farol da Barra. Simplesmente fantástica!

Sobre a BASV

Criada em 1942 por influência da II Guerra Mundial, utilizava a mesma pista, aeronaves e estrutura do antigo Aeroclube de Salvador, que hoje é o atual Aeroporto Luiz Eduardo Magalhães. E esta integração ainda acontece, pois mantendo-se ao lado do Aeroporto,  utiliza a mesma pista de pouso e decolagem para suas operações.

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Sua função desde a criação, foi o de patrulha e observação da costa, que na época preocupava-se com os comboios que margeavam nosso litoral e sofriam com ataque, efetuados pelos submarinos Alemães.  Após esta fase continuou com a principal missão de Patrulhamento das costas e do mar territorial brasileiro, integrando o 1° Esquadrão do 7° Grupo de Aviação (1º/7º GAV), além de ajuda em missões de busca e salvamento.
Muitas aeronaves usadas no patrulhamento marítimo passaram pela BASV, mas os mais importantes foram os Lockheed’s PV1 Ventura e  PV2 Neptune e atualmente os P-111 (Banderulha) e os Lockheed P-3 Orion.

PV-2 Neptune
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P-111 Banderulha
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P-3 Orion
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Feliz Aniversário a BASE AÉREA DE SALVADOR e que venha novos e muitos anos.

Bons Voos!

sábado, 3 de novembro de 2012

Casos e Frases 3 - A Experiência Fala Mais Alto.


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Um avião cargueiro, Hércules C-130, estava fazendo um voo de rotina, quando ao lado emparelhou um caça F-16 e seu jovem piloto, que decidiu se exibir um pouco.

Ele falou para o piloto do cargueiro: "Dá só uma sacada nisso!".

E imediatamente pôs o caça num "tonneau" (parafuso horizontal), seguido de uma subida íngreme no máximo da performance do caça e finalizando com um "boom" super-sônico ao quebrar a barreira do som!

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Então, terminando sua demonstração, perguntou ao piloto do C-130: “O que você achou das minhas manobras?
 
O piloto do C-130 respondeu: "Impressionante! Mas..., veja só isto!".

E o cargueiro continuou seu voo calmo e em linha reta, por mais ou menos 5 minutos.

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Ao final dos quais o seu piloto do C-130 voltou ao rádio e perguntou ao piloto do F-16: "O que você achou disso?".

Confuso..., o piloto do F-16 perguntou: "O que diabos você fez?".

E o veterano piloto do C-130 deu uma leve gargalhada e disse: "Bem, eu me levantei, estiquei as minhas pernas, fui ao banheiro, aí fui pegar uma xícara de café e um pãozinho doce!"

Moral da história:
Quando você fica mais velho e mais esperto, o conforto e a tranquilidade não são coisas tão ruins assim...! Pensem nisso.

Obs.: Caso enviado por um amigo da EIAC - Escola de Internacional de Aviação Civil de Belém, mas de autoria desconhecida. Caso alguém saiba o autor me informe para dá-lhe os créditos.

Bons voos!